sábado, 27 de junho de 2009

Jovens e brilhantes policiais

Estou acompanhando e também participando da evolução da blogosfera policial. Aumentou o número de policiais que se utilizam do blog para expor as suas idéias e debater segurança pública.

O assunto inclusive foi tema de estudo da UNESCO/ONU, que tem a parceria do Centro de Estudos em Segurança Pública e Cidadania – CESEC, que recentemente realizou uma pesquisa para conhecer melhor esse fenômeno.

Alguns policiais têm se destacado nesse trabalho. O Tenente Alexandre, da PMRJ (Diário de um PM); o Tenente Danilo, da PMBA (Abordagem Policial) e o Soldado Robson Niedson, da PMGO (Diário do Stive), que inclusive é a minha referência, além de ser um especial parceiro nessa missão.

No início desse ano tive a grata satisfação de conhecer essas três feras numa feira de informática aqui em São Paulo. Fiquei bem impressionado com a maneira inteligente que esses jovens policiais têm dedicado seus talentos em prol da causa pública. Como consta nos textos padronizados de elogios na caserna, são exemplos dignos de serem seguidos.

Niedson, Alexandre, Lago e Danilo (da esq para dir)
Niedson, Alexandre, Lago e Danilo (da esq para dir)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uns se excitam, outros gozam

funk-baile

Foi assistindo a um documentário na TV Cultura de São Paulo (Sou feia mas tô na moda, de Denise Garcia), que comecei uma reflexão sobre o funk carioca.

Enquanto a juventude da periferia se diverte com o ritmo alucinante do gênero - com menções explícitas de sexo e, no caso do proibidão, com apologia ao crime - esquece de observar a carência em que vive a sua comunidade, logo, deixa de reivindicar seus direitos de cidadãos. Isso resulta numa tranqüilidade para os políticos que não se sentem pressionados a fazerem suas obrigações, e num marketing eficiente para o tráfico (que têm dizimado precocemente muitos).

Esses fenômenos se apresentam com freqüência, sempre em temas de apelo popular (futebol, carnaval etc). Erroneamente o povo envolvido acha que é um “lenitivo”, quando na verdade é apenas uma viseira que não deixa olhar para o que o sistema não quer que seja visto.

Entre os depoimentos, um MC falou emocionado sobre a situação em que viveu com seus dois filhos dentro de um táxi. O motorista se recusou a entrar na Cidade de Deus. Claro, ele ficou com medo de ser assaltado lá dentro, afinal, o filme homônimo só mostrou violência sobre o local.

Outras moças também disseram que não conseguem emprego quando falam que moram naquele lugar. Pois é, mas quando o filme foi rodado lá a comunidade deu o maior apoio. Ficaram até orgulhosos ao verem seus artistas locais na telona, entretanto ninguém avaliou os prejuízos que isso traria.

Eu tinha dúvidas se a PM de São Paulo deveria ou não autorizar a utilização de fardamentos e viaturas em filmes. Hoje já ficou bem claro que faz bem em manter a restrição, pois só querem fazê-lo para denegrir a imagem. Estava conversando com um cineasta que me disse: “Se não associarmos a policia corrupção e violência não estaremos falando dela”.

“Sou feia, mas tô na moda”

A música de Tati Quebra Barraco é tão equivocada quando a realidade que ela não consegue enxergar... Moda passa, e depois?

Pelas notícias veiculadas, percebe-se que algumas artistas não sabem nem aproveitar o momento, pois fazem investimentos inconsistentes: botox, silicone, plásticas, alisamentos, tudo em busca de uma beleza (será que querem sair da moda?) que um dia vai acabar... É a lei da natureza.

Se tivessem uma visão política bem definida, mesmo optando pelo ritmo como entretenimento, não deixariam de incluir em suas letras os temas mais importantes e que precisam ser debatidos. Também fariam investimentos mais consistentes.

Apesar da excitação que dizem provocar o baile funk, por causa da alienação, essas comunidades carentes não estão gozando do que o Rio de Janeiro tem de melhor.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Moradia aos policiais

casa
Ontem fui entrevistado em um programa cujo foco é a questão da moradia. Fui com o objetivo de divulgar o meu trabalho musical, mas foi inevitável a abordagem sobre moradia para os policiais.

Frequentemente vemos programas na TV e até mesmo propagandas de associações da PM que falam sobre o assunto. Mostram as péssimas condições em que vivem com suas famílias homens e mulheres, que tem como ofício a responsabilidade de manter a ordem pública.

Vez e outra algum programinha tipo “cala boca” aparece oferecendo casa aos companheiros, contudo, considerando os grandes centros, não são suficientes para atender a demanda. Com isso, cada vez mais, vemos policiais morando vizinhos de favelas, quando não em seu interior.

Acredito que essa questão deva ser uma das prioridades do Estado. Dar condições para que seus profissionais possam oferecer um melhor serviço a sociedade. Isso dá pra ser feito, basta apenas a famigerada vontade política.

Em agosto desse ano teremos a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, conforme tem se empenhado na divulgação a blogosfera policial, em especial o blog Diário de um PM. O tema deve ser bem discutido para que não caia logo no esquecimento e nada seja feito. Quem oferece segurança precisa primeiramente estar seguro, isso é fundamental.